segunda-feira, 31 de março de 2014

O amor acontece... Capítulo 2.

O clima estava embaraçoso, ele estava lendo meu currículo, sério e concentrado, e eu ali, calada, inquieta, com as mãos apoiadas no meu colo mexendo os dedos, olhando pra ele.
-Muito bem... – ele disse, deixando o currículo de lado – vejo que você fez mestrado em letras e já deu aula por cinco anos... Você me parece uma boa professora com muitas opções de trabalho em diversas escolas, porque esta mudando bruscamente de carreira?
-Motivos... de força maior – falei um tanto sem jeito, incomodada com aquela pergunta.
-E porque secretária? Eu acho que ser professora é algo muito melhor.
-Desculpe mas não tenho motivos para fazer isso – menti – motivos que convenham dizer numa entrevista. São coisas pessoais que não lhes dizem respeito.
Ele me olhou sério e depois sorriu – Mas como você pretende conseguir um emprego se não consegue ser honesta com seu entrevistador? São perguntas que me dizem respeito sim! Se você é uma doida psicopata que matou seus alunos e fugiu do seu país pra recomeçar, eu devo saber!
-Olha aqui seu..... Eu não fiz nada disso, eu só.... eu só.... esquece tá legal – suspirei e me levantei para ir embora... Se para conseguir aquele emprego eu deveria me abrir para ele, então eu poderia achar outro onde não fizessem tantas perguntas pessoais.
-Hey onde você vai? – ele perguntou levantando-se.
-Vou embora.... Não quero mais trabalhar aqui.
-Mas é assim então? Vai desistir só porque foi colocada na parede na sua primeira entrevista?
-Como sabe que é minha primeira entrevista... Eu posso já ter feito muitas!
-Olhando pra sua fisionomia e relembrando a pressa que estava no metrô hoje mais cedo.... Presumi que você não fez muita coisa....
Aquele cara já estava me irritando, e muito!!! Eu queria bater nele... – Você vai desistir ou não? – ele perguntou. Respirei fundo... me virei e sentei novamente na poltrona. Ele sorriu e se sentou também – vamos continuar – Continuamos com a entrevista, ele fez várias perguntas típicas de entrevistadores, e no final se levantou e esticou a mão para mim como se fosse me cumprimentar.
-Eu fui contratada? – perguntei, apertando a mão dele, me sentindo um pouco melhor.
-Hmmm... não – ele sorriu sarcasticamente.
-Como é???
-Acho que você deveria ser professora.... – ele cismou.
-O que você acha não me interessa, você me impediu nas duas vezes que eu ia desistir, pra no final dizer “não”?
Ele colocou a mão no queixo, fazendo uma cara de pensativo e depois disse – é... é isso ai.
-Você é maluco sabia?? Um grande maluco idiota!!!!! – pisei forte no chão, pegando minha bolsa e saí enfurecida.... – eu deveria ter ficado dormindo se soubesse que seria esse desperdício de tempo com esse babaca!!! Deveria ter ido embora na primeira vez que ameacei sair...!
Saí do prédio como um boi bravo atropelando todos que estavam na minha frente, e pouco antes de eu virar a esquina, ouvi ele me chamando na porta do prédio, me virei olhando-o e ele gritou acenando – SEJA UMA PROFESSORA!!!! – sorriu.
-Vai tomar no seu.....!!!!!! – a última palavra foi abafada pela buzina de um caminhão parado no sinal vermelho... As pessoas me olharam com ar de “que garota rude”, mas eu não me importe.... Entrei num café uma quadra depois, me sentei num dos banquinhos próximo do balcão e pedi um expresso e um petit gateau. Minha expressão era de cansaço, decepção, frustração e muita tristeza... – porque é que Deus esta me castigando dessa forma... – murmurei a mim mesma.
-Dia difícil? – disse a balconista – Muito! – respondi.
Ela sorriu – todos temos um dia difícil... Espero que consiga melhorar o seu – ela sorriu deixando meu pedido ali perto.
-Obrigada – agradeci de cara fechada. Enquanto apreciava aquele café maravilhoso, vi um senhor entrando atrás do balcão e falando com a outra moça – Onde esta a outra garota? – ele perguntou – Ela se demitiu, disse que não aguentava mais.
-Céus! Agora vou precisar contratar outra pessoa! Mas que droga!
-Com licença – falei interrompendo-os – Não pude deixar de ouvir que estão pretendendo contratar uma nova balconista, eu estou à procura de emprego, tenho experiência.
O homem me analisou, eu estava bem arrumada e parecia ser carismática, tirando a expressão triste que não conseguia esconder – Estou muito ocupado para procurar alguém, você pode vir aqui amanhã as sete e vamos ver como você se sai.
Não contive um sorriso de satisfação. Não era bem o emprego tranquilo que eu queria, mas já era um começo. Agradeci, finalizei a refeição e voltei pra casa. Estava animada por ter conseguido um emprego, entrei em casa tirando os sapatos e gritei – Tadaima!!!
De repente fiquei parada segurando a maçaneta da porta com uma mão e um sapato com a outra, ouvindo o silêncio daquela casa vazia e solitária... Lembrei que meu amado Kazuki já não estava mais ali para me receber. Não tinha mais ninguém pra dizer animado “okaerinasai” ... Lembrei de como ele gostava que eu falasse certas palavras em japonês, de como sorria com a minha pronuncia cafona e tentava me ensinar a falar corretamente... Ajoelhei caindo em prantos mais uma vez... Quando eu pararia de chorar? Não conseguia tirar as lembranças incrivelmente felizes do meu coração, que agora me machucavam tanto... Aquele emprego, aquela cidade, a casa e eu mesma não passavam de ilusões de uma vida que nunca mais seria a mesma – eu gostaria de ter ido com você – falei ao vento entre lágrimas.
Uma moça passava pela rua e me viu ajoelhada na porta de casa – Oh meu Deus você esta bem??? – disse ela se aproximando com ar de cuidadosa.
-Sim... estou...
-Não me parece bem, você esta chorando!!!
-É só um dia difícil...
-Você é nova aqui não é? Eu moro bem ali naquela casa – apontou a casa ao lado – não hesite em bater lá se precisar de qualquer coisa, esta bem?
Eu tentei agradecer com um sorriso forçado, e a moça sem saber o que fazer, balançou a cabeça, sorriu e saiu andando.
Me arrastei para dentro até conseguir fechar a porta e ali fiquei, deitada no chão de madeira, totalmente sem rumo, lamentando pela saudade que nunca mais iria embora, nunca mais seria curada, nunca mais seria morta. Adormeci em meio à lágrimas e solucinhos... não sentia vontade de viver, nem de trabalhar, toda a felicidade de ter conseguido algo havia se despedaçado no momento que entrara em casa e relembrara o passado.

Pra que eu me mudei se nem consigo esquecer... que diferença faz essa casa ou a antiga casa... se todas as memórias vieram na bagagem... acho que nunca irei superar...

continua.... talvez rs.

domingo, 30 de março de 2014

O amor acontece... Capítulo 1.


Era uma tarde de verão, eu estava exausta de tanto organizar as coisas na nova casa. Havia me mudado para Hikai faziam dois dias, e ainda não havia conseguido terminar de desempacotar coisas. Por mais que eu tenha desfeito de muito do que eu tinha, parece que eu continuava cheia de coisas...
-O ano esta quase no fim! - disse uma voz surgindo atrás de mim.
-Vovó?! - me virei rapidamente e corri para abraçá-la - O que a senhora faz aqui, já é tão tarde!
-Ora ora minha filha, nunca é tão tarde para dar as boas vindas a quem se ama.
Aquela palavra era para ter me confortado, mas uma profunda dor reapareceu no meu peito como uma gota que cai na água e cria muitas ondas... - oh... me desculpe, querida... não tive a intenção de....
-Esta tudo bem - retruquei com uma voz cansada - eu só.... - fiquei em silêncio. Me forçava a superar e a me segurar, mas algumas lágrimas teimosas insistiam em percorrer meu rosto. Vovó me abraçou carinhosamente e ficamos em silêncio, com apenas o som dos soluços quase contidos e as gotas de chuva que começaram a tocar o telhado.
-A vida é uma coisa fortuita - disse vovó, quebrando o silêncio - ela vem cativando as pessoas próximas, construindo pontes e laços de afeto, criando sonhos, planos e expectativas e depois desaparece sem nem nos preparar pra sua partida. Dói... mas não se pode deixar levar-se junto das vidas que já se foram. Você esta sofrendo querida, mas você é forte, e encontrará a força certa para se reerguer e continuar.
Vovó tinha um jeito especial de dar conselhos, ela gostava muito de usar metáforas e frases de efeito, que realmente causavam um certo efeito nos corações de quem os ouvia, talvez não no mesmo instante, mas sempre acontecia. Meu rosto estava afundado no seu avental, eu digeria cada palavra dela como sendo algo impossível a ser feito naquele momento, pelo menos pra mim. Perder Kazuki me abalou mais do que qualquer um.
-É... Vai esfriar! Vou fazer um chá – ela acariciou meus cabelos e levantou meu rosto – chore bastante para lavar a alma de tudo o que passou, e quando você parar de chorar, vai ser o dia em que terá encontrado a força que eu lhe disse.
Eu a soltei, deixando-a ir até a cozinha... Fiquei parada ali na porta do quartinho, olhando pra um vazio que parecia vir de dentro pra fora.
A chuva não deixou vovó ir embora, arrumei um colchonete pra ela ao meu lado, pois a casa era bem pequena e só tinha um quarto. Lembro de ter adormecido segurando sua mão, e suspirando, pensando no que seria da minha vida a partir dali.

O dia chegou e fui despertada pelos raios de sol que atravessavam umas frestas da janela de madeira. Tateei o chão procurando meu celular, fiquei cega com a luz e segundos depois enxerguei a hora – 15:27 – fiquei mais uns segundos olhando para o nada e de repente dei um grande salto do colchão – Caramba! Três horas já??? Ah não, eu estou muito, muito atrasada!!!! Vovó acord... – olhei para o colchão ao lado, e estava arrumado e as roupas de cama dobradas sobre ele, mas vovó não estava mais lá.
Desci até a cozinha, havia pão com geleia e mel e um copo de suco de morango ao lado de um bilhetinho – me desculpe por não te acordar minha filha, é que você parecia tão tranquila...
-Poxa vovó.... – resmunguei. Tinha uma entrevista de emprego as quatro horas no centro da cidade, e só tinha meia hora para tomar banho, me arrumar e tomar o metrô – Pfff... não vou chegar a tempo... – balancei a cabeça negativamente, decepcionada comigo mesma, me sentindo um lixo. Resolvi deixar o banho pra depois, me arrumei e saí correndo enquanto comia o pão e bebia o suco num copinho descartável... Desci correndo para a estação, e gritei para o homem ao lado da porta – Segura a pooooorta!!!!
Ele se assustou, deu um passo para fora do metrô e instintivamente me segurou pela blusa e me puxou pra dentro do vagão antes da porta se fechar.
-Você ficou maluco??? Eu poderia ter sido esmagada!!! – gritei toda esbaforida e ofegante.
-“Segura a porta” ? – ele retrucou – Como alguém seguraria uma porta mecânica? Um obrigado por ter te ajudado a não perder o metrô, já seria o suficiente, sua louca.
Bufei – Louca, eu??? Você que é um arrogante!!! Só porque esta ai todo bem vestido de terninho e gravata, não pense que pode chegar e ofender as pessoas assim, ouviu bem?!
-Hahaha, olha só quem esta falando sobre ofender as pessoas! – ele me encarou e sorriu ironicamente. Eu queria estapeá-lo, mas as pessoas estavam começando a notar nossa discussão e essa atitude não ficaria muito bem – É melhor se segurar, moça – ele disse.
-Estou mesmo me segurando pra não te estapEEeeAaAarRr!!! – o metrô deu começou a andar e os vagões deram uma pequena balançada, e eu toda desengonçada e atrapalhada acabei me desequilibrando e no balanço, caí em cima dele, derrubando o resto do meu suco sobre seu terno – Aaaiii caramba!!! – ele gritou, eu segurei no ferro ao lado e me recompus rapidamente – desculpa!!!!
-Olha só o que você fez, sua destrambelhada!!!
-Eu já pedi desculpa, não esta bom? Quer que eu lamba o suco até limpar? – Parei no mesmo instante arregalando os olhos.... eu havia dito aquilo muito alto??? As pessoas ao redor nos observavam e cochichavam... Que vergonha!!! – Você é um idiota! – berrei e saí pisando duro até o vagão da frente, deixando-o lá todo sujo de suco.
Desci às pressas do metrô, e corri em direção ao pequeno prédio onde seria a entrevista, fui até o banheiro, tentei respirar fundo, me arrumei, acalmei minha respiração, passei um gloss bem leve, prendi o cabelo num coque e voltei até a sala de espera. Meia hora depois, a secretária aparece – Desculpe pela demora senhorita Amai, o Sr. Tomamura teve um pequeno imprevisto, mas agora ele já pode lhe atender, por favor, me acompanhe.
Segui a secretária e logo ela me deixou frente a uma porta, bateu duas vezes e avisou – A garota da entrevista está aqui – e se retirou.
Uma voz meio estranha mandou-me entrar, eu estava um pouco nervosa... girei a maçaneta devagar e fui abrindo a porta até que...
-Você!!! – gritamos em uníssono apontando um para o outro.
-Vo-você é o idiota do metrô!!! – exclamei surpresa.
-Você é a maluca que me deu um banho de suco!!! – ele disse.
De repente eu caí na real e engoli seco – Você... você é o chefe com quem vou fazer a entrevista de emprego???
Ele sorriu maleficamente balançando a cabeça numa positiva. Senti um arrepio na espinha e dei meia volta, me retirando... Estava na cara que eu não seria contratada por ele depois de tudo o que aconteceu... – Ei, onde pensa que vai? A entrevista ainda não acabou! – olhei surpresa sentindo a sensação que aquilo não era uma boa ideia e ele continuou – Sente este traseiro ali naquela poltrona e vamos começar, eu não tenho o dia inteiro!
Fechei o punho – seeuuu......... – engoli todo palavrão que pensei em dizer e reconsiderei... ele parecia disposto a me entrevistar e talvez ele soubesse diferenciar acidentes no metrô com trabalho e entrevistas... – Tudo bem.... senhor....!

Continua... talvez.... hehehe!

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Sim, eu decidi começar uma história porque me inspirei muito em um anime que estou assistindo. Não sei se vou conseguir terminar, se continuo ou não... mas assim que me sentir inspirada, escreverei o próximo capítulo! Beijinhos!!!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Fatos da minha vida ... Vendo animes *-*)

Eu realmente amo Naruto! E esse episódio mereceu uma tirinha porque eu ainda estou emocionada com a morte do Yota.... que já estava morto '-')~ mas eu já sabia u.u)~ mas chorei mesmo assiiiimm!!!!


Sorteio sorteio!!!! \O/ uhuuu!

O sorteio é de uma FanArt sua!!!

Se você quer participar e ganhar uma fanart, é só seguir o que precisa e boa sorte!!!! \O/

Para concorrer participante deve:

-Curtir a Meu Cappuccino Encantado (https://www.facebook.com/pages/Meu-Cappuccino-encantado/1434054983481543?ref=ts&fref=ts)
-Curtira SIM! Usamos Anilina (https://www.facebook.com/SimUsamosAnilina)
-Compartilhar publicamente o banner da promoção (Caso o participante seja MENOR DE IDADE marque um amigo nos comentários do banner)
-Participar da promoção através do botão "Quero participar!" no link: www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/304410
O sorteio será realizado no dia 01/03/2014 ás 20:00hrs no facebook da Meu Cappuccino Encantado e compartilhado na SIM! Usamos Anilina.


Fim de semana já???

é sério gente kkkkkk eu quero segunda logo!!!! \O/

*acho que eu literalmente "quebrei as pernas" da minha personagem, pobrezinha kk'


Linguagem de programação ... tô curtindo!

Aula de LP - linguagem de programação ... to adorando muito mesmo!!!!!


Fatos da minha vida ..... Na escola rs.

"Como eu realmente me senti quando me elegi a representante da sala... mó vergonha omg x.x)"


Como eu penso que as pessoas veem quem tem cabelo colorido...

Ultimamente tenho me inspirado muito em falar sobre cabelos (acho que é pq mta gente fica me olhando na escola e eu fico pensando essas coisas kkkk)~ 

Então, fiz essa tirinha.... pq né..... com tantos apelidos, só pode ser assim que o povo enxerga a gente 

SIM! Usamos Anilina ~ 

Fatos da minha vida rs.

Tirinha rápida e bem mal feita sobre fatos da minha vida rs.
Quem será que não vai entender a piada rs.


FanArt ~ Sim! Usamos anilina!

Fiz uma fanart em rabiscos pra dona de uma page q eu amo 
Sim! Usamos Anilina ~ pra quem gosta, dá uma conferidinha *-*)

https://www.facebook.com/SimUsamosAnilina